Handebol de Itajaí supera dificuldades com títulos

Mesmo com resultados expressivos, esporte ainda enfrenta barreiras na região.
Nicholas Lyra, de Itajaí

Equipe de Itajaí comemora título da OLESC

O handebol é um dos esportes mais praticados no mundo, mas apesar da enorme popularidade em outros países, o mesmo não se pode dizer do Brasil. O crescimento do esporte, principalmente em centros de ensino, como escolas e universidades, não impede que o handebol encontre dificuldades, com ginásios vazios e falta de incentivo.

Atletas de Itajaí jogaram a Liga Nacional pela equipe da Univali/Amaj/Itapema no masculino e feminino. As duas não têm mais chance de classificação. Kaandra Werner, atleta de Handebol da Univali, afirma que a baixa presença do público e a falta de patrocínio foram decisivos para a eliminação: “procuramos patrocínio e apoio, mas o handebol ainda não é tão prestigiado. Teve jogos da Liga Nacional que não tinha nem 10 torcedores na arquibancada”.

A técnica da equipe da ADI/Slice/FMEL, Cláudia Monteiro, trabalha com a equipe de Itajaí, e atua com garotos de 12 a 17 anos. Ela relata que as convocações são feitas nas escolas da rede pública e privada, para a disputa de competições estaduais como a Olimpíada Estudantil Catarinense (OLESC), da qual a equipe foi campeã em Tubarão.

A ex-técnica da seleção brasileira, no entanto, aponta algumas dificuldades que encontra no trabalho. A primeira delas é a falta de interesse de ambas as partes. De acordo com Cláudia, na maioria das escolas particulares, o interesse pelo esporte acaba ficando em segundo plano, e o foco é outro: “O apoio dos professores é fundamental para os alunos”, destaca Cláudia.

Para competir com grandes centros do esporte, como São Paulo, Cláudia relata que é praticamente impossível. Segundo ela, as equipes do centro do país oferecem bolsas de estudos e propostas que as equipes locais não podem equiparar: “a iniciativa pública e privada deve dar condições para esses atletas, para que o esporte da região possa crescer e competir no mesmo nível” ressalta.

Apesar de todos estes empecilhos, ela afirma que é um trabalho extremamente prazeroso e conseguem grandes conquistas, como o recente título da OLESC “com esses resultados tentamos fazer com que as escolas abram os olhos para o esporte” – finaliza.

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