Torcidas Organizadas ainda têm força nos estádios

Mesmo com imagem prejudicada pela violência, grupos seguem comparecendo para ajudar o time.
Nicholas Lyra, de Itajaí

Torcida organizada do Marcílio Dias existe há 11 anos

Quando se fala em torcida organizada, a primeira impressão que vem à cabeça de grande parte das pessoas – sejam ou não torcedores de algum clube – é a da truculência nos estádios de futebol. Episódios recentes no futebol brasileiro, como a violência dos torcedores do Coritiba após o rebaixamento no campeonato brasileiro do ano passado, acabam por manchar ainda mais esta imagem de quem vai ao estádio, na maioria das vezes, com o intuito de apoiar o time.

Em Itajaí, a torcida organizada do Clube Náutico Marcílio Dias, que existe desde 1999, é a mais popular da cidade, e uma das mais conhecidas da região. A Fúria Marcilista está em todos os jogos do time, no Gigantão das Avenidas ou em partidas fora de casa. O estudante L.W.R, de 17 anos, conta que a atitude de poucos torcedores acabam prejudicando a imagem da torcida, já que os responsáveis pelas confusões são a minoria.

Outro fator que influencia, de acordo com L., é o desempenho do time em campo. Ele afirma que as atuações nos jogos são de extrema importância para a relação e o comportamento das torcidas, já que existe uma cobrança muito grande por bons resultados e, em boa parte das ocasiões, são os maus resultados e eliminações que tornam os ânimos mais exaltados e acabam gerando as brigas.

Bernardo Zamperetti, que frequenta estádios, mas não faz parte de nenhuma torcida organizada, acredita que hoje estes grupos já não têm o mesmo status de antigamente. Segundo ele, a principal razão é a violência destes torcedores. Contudo, ele pondera que ainda há pessoas bem intencionadas nas torcidas organizadas.

Além das torcidas organizadas, outro movimento que está se popularizando é o das torcidas independentes. Diferente das tradicionais, que já frequentam há um bom tempo os estádios do Brasil, estas torcidas se caracterizam pelo apoio durante os noventa minutos de partida, além de não usarem uniformes das organizadas. Bernardo descreve o modo desse tipo de torcedor: “eles atuam de forma mais bonita e contagiante”, finaliza ele.

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